ARTE E CULTURA DE MILÃO
Milão, o centro da moda e dos negócios, é rica em arte e seu coração está no estilo gótico.
Um olhar para a história
O antigo Mediolanum, como tem sido chamado pelos romanos desde o século III A.C (um nome de origem celta que significa "no meio da planície"), levantou-se em torno de 400 A.C. Foi a capital do Império Romano do Ocidente e, graças especialmente a Santo Ambrósio, tornou-se um dos centros mais ativos do novo mundo cristão.
Por volta do ano 1.000 já era a cidade mais densamente povoada da Itália e se tornou o centro mais ativo da Planície Padana por causa de sua produção de lã, seda, metais e armamentos.
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Do século XIV a meados do século XV, Milão ficou sob o poder da família Visconti e, em 1447, a família Sforzatomou o poder e Milão se tornou a capital do ducado de Milão. No final do século XV, Luís XII, rei da França, assumiu o ducado. Os franceses, em 1535, doaram aos espanhóis, que governaram até o início do século XVIII. Em 1707, a áustria controlou a cidade. Com exceção do poder de Napoleão, os austríacos governaram até o célebre "Cinco Dias de Milão" (1848), um movimento de independência revolucionário que expulsou os austríacos permanentemente. Durante a Segunda Guerra Mundial, Milão foi uma das cidades mais fortemente atingidas por bombardeios aéreos.
Alguns danos a monumentos históricos foram especialmente graves e alguns foram destruídos para sempre, porém mais tarde foram restaurados. Desde 1946, a recuperação da atividade industrial, econômica e comercial ocorreu rapidamente, então mais uma vez Milão se tornou o centro da vida produtiva e econômica da Itália.
Muitos artistas, intelectuais e escritores chegaram em Milão e fizeram dela o que é hoje. Se você quiser saber algo sobre eles: visite a página sobre pessoas famosas em Milão
ARTE EM MILãO
todos os períodos artísticos que influenciaram a cidade de Milão:
Arte Gótica
O estilo gótico nasceu no século XII na França e continuou até o século XIV. Espalhou-se por toda a Europa e chegou na Itália também. No século XIV Milão ficou sob o poder da família Visconti e se tornou o centro internacional de arte gótica. O termo "gótico" foi usado pela primeira vez por Giorgio Vasari, no século XVI, como sinônimo de "bárbaro", em contraste com a recuperação da antiga língua greco-romana do Renascimento. A obra mais importante deste período, em Milão, é a Catedral (o coração da cidade), que ainda permanece como o mais famoso exemplo de arte gótica na Itália.
Arte Renascentista
O termo "renascença" indica a arte dos séculos XV e XVI, e foi utilizado pela primeira vez por Giorgio Vasari, o primeiro historiador de arte, para descrever todas as mudanças artísticas que ocorreram após a Idade Média. Desta forma, a renascença significa um renascimento do período clássico, e um novo interesse sobre a Roma antiga e a civilização grega. Na verdade, os artistas renascentistas inspiraram-se na arte clássica para criar algo novo. No século XV, Milão ficou sob o poder da família Sforza e Ludovico il Moro, o governador da cidade, decidiu se cercar dos artistas mais importantes do período. Na verdade, Leonardo da Vinci foi nomeado por Ludovico il Moro "ducalis pictor" ou pintor do duque, e ele criou a maior obra do período da Renascença "A última Ceia", que está localizada na igreja de Santa Maria delle Grazie, enquanto todos os seus esboços estão no "Museu de Ciência e Tecnologia Leonardo da Vinci". Outro artista importante foi Il Bramante, que chegou à corte de Ludovico il Moro e realizou muitas obras importantes, como as obras arquitetônicas, Santa Maria em San Satiro, Santa Maria delle Grazie, e pinturas, como "Cristo na Coluna" que está em Galeria de Brera.
Maiores informaçôes sobre renascença em Florença em www.aboutflorence.com
Arte Barroca
A arte barroca nasceu no século XVIII, como uma resposta artística ao protestantismo. O termo "barroco" foi usado de forma depreciativa para indicar uma arte estranha e exagerada. É caracterizada por um forte contraste entre claro e escuro, tanto nas pinturas como nas esculturas. O grande artista desse período foi "Caravaggio", que é Michelangelo Merisi, nascido perto de Milão. Caravaggio é o artista que melhor revela o sentido dramático do naturalismo com seu uso magistral do contraste de luzes. Você pode ver alguns de seus trabalhos em Milão, por exemplo: "Cesto de Frutas", na Pinacoteca Ambrosiana, e "Ceia de Emaús", na Galeria Brera
Arte Romãntica
Após o período neoclássico, que valorizou mais uma vez a idade clássica, a arte romãntica se espalhou por toda a Europa. O termo "romãntico" indica o interesse pela paixão e irracionalidade, mas acima de tudo, a luta entre o homem e a natureza. Em Milão, o período romãntico coincide com a dominação austríaca, que durou até um movimento revolucionário independente, chamado Os Cinco Dias de Milão. Um exemplo desta arte, que pode ser apreciada em Milão, é "O Beijo", uma pintura de Francesco Hayez, que está na Galeria Brera.
Futurism
O movimento do futurismo nasceu no início do século XX na Itália, para indicar o período de modernismo. Os temas mais importantes são: a velocidade, a guerra, e a cidade. O fundador do futurismo foi Filippo Tommaso Marinetti, que escreveu o "Manifesto Futurista", publicado no "Le Figaro", em 1909, e descreveu Milão como "grande... tradizionale e futurista". Por esta razão, Milão se tornou o centro do movimento futurista e muitos artistas deixaram suas obras lá. Exemplos de arte futurista podem ser vistos em Milão por alguns dos mais importantes pintores, tais como: Umberto Boccioni: "Autoritratto", ou “La cittá che sale", na Galeria Brera.
Arte Contemporãnea
Atualmente, Milão continua sendo um importante centro de arte, mas acima de tudo, Milão é uma cidade que sempre olha para o futuro, então a arte contemporãnea tem uma grande importãncia. Se você estiver interessado na arte contemporãnea, não pode perder as exposiçôes localizadas em:
PAC (Padiglione Arte Contemporanea)
As exposiçôes abrangem o século XX e arte internacional da atualidade. É o mais importante centro de arte contemporãnea em Milão. No passado, foi palco de exposiçôes de artistas muito interessantes sobre o período pós-guerra e agora há também exposiçôes temáticas, como por exemplo, sobre os diferentes movimentos da arte italiana do século XX e sobre os principais movimentos contemporãneos europeus.
Endereço: Milano – via Palestro 14
Telefone: 02/76009085
Na Internet: www.comune.milano.it/pac
CIMAC (Civico Museo Arte Contemporanea)
Outro lugar onde você pode apreciar a arte contemporãnea é no: CIMAC " Civico Museo Arte Contemporanea". O CIMAC mostra a arte italiana do século XX e do pós-guerra, mas é conhecido porque possui a melhor coleção sobre futurismo. especialmente a de Boccioni. No entanto, você pode encontrar obras de De Chirico, e também, para aqueles que amam o "Surrealismo”, de Carrà, Sironi, Giorgio Morandi e Filippo de Pisis. A coleção é dividida em três períodos:
- Boccioni e o Futurismo Italiano
Esta coleção apresenta algumas das obras mais famosas de Boccioni: "Stati d'animo", "Dinamismo di un Corpo umano", "Il bevitore" Elasticità "(pinturas) e "Forme uniche di continuità nello spazio"(estátua). Outros artistas deste período são Giacomo Balla Mario Sironi e Carlo Carrà, os quais todos pertencem ao movimento futurista.
- Arte Italiana do Século XX
Nesta coleção é possível encontrar obras de Amedeo Modigliani, "Ritratto di Paul Guillaume" De Chirico, "Il Figliol Prodigo" "Combattimento di Gladiatori ". Além disso, há obras que pertencem a movimentos de lombardo: "Chiarismo"e "Astrattismo di Rho". A coleção Jucker é muito importante e mostra alguns trabalhos de Picasso, "Les demoiselles d'Avignon", ou alguns de Braque, "Porto Mion".
- Arte Italiana do Pós-Guerra
Esta coleção abriga apenas a arte italiana, e a de Lucio Fontana é linda: você pode ver todos os trabalhos de sua carreira, cerãmica, barro e seus trabalhos em pedra e pajettes. Outro artista, cujas obras estão nesta coleção, é Fausto Melotti, com suas esculturas de gesso, e Piero Manzoni. Você também pode apreciar obras que pertencem à Arte Pop italiana, como, por exemplo, as de Franco Angeli, Lucio Del Pezzo e muitos outros. Uma seção importante é dada também à "arte povera" e às pinturas dos anos 80.
Endereço: Palazzo Reale, p.zza Duomo, 12
Telefone: 02/62083219
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